28 de maio de 2009

Deus não é surdo. Adore com respeito.

Graças ao excessivo barulho de alguns templos durante seus cultos, que incomoda a vizinhança, desrespeita a ética, as regras de boa convivência e algumas leis, muitas igrejas acabam respondendo a processos judiciais, sendo impedidas de funcionar com som ou sendo multadas. Isto é um péssimo testemunho para os cristãos! Nós devemos respeitar os interesses e direitos alheios e amar ao próximo como a nós mesmos.


Por causa da insensibilidade e insensatez (para não dizer flagrante irresponsabilidade) de algumas religiões, é que existe o site Deus não é Surdo, que tem um nome interessante e um logotipo bastante criativo:









Isso me lembrou umas histórias engraçadas de "incômodo eclesiástico", que aconteceram comigo e com a vizinhança.


No meu bairro, a igreja católica tocava o sino cinco horas da manhã em pleno domingo! Eu achava um desrespeito, um abuso e uma tremenda falta de ética. Se o padre tinha a semana dele para não trabalhar, e o domingo para acordar cedo, a população segue a rotina exatamente oposta, razão porque ele tinha que ter o mínimo de bom senso e deixar que as pessoas tenham seu merecido descanso semanal.


Até os católicos que moravam próximos ao templo desaprovavam essa atitude. Mas o padre -parecia- fazia ouvidos moucos para as reclamações e duvidava que alguém fizesse algo. Não sei o que houve em seguida, mas, graças a Deus, há anos não tocam mais o sino.


Tem outra igreja aqui perto, Assembléia de Deus, que escancaradamente aumenta o som durante os cultos. O templo é do tamanho de sua sala de estar e é colado a várias casas, razão porque perturba o sossego. Tem cultos que eu nem sei que raios acontece lá que parece que tem móveis quebrando e som de briga!


Contaram-me que, certa vez, um ex-vizinho chegou do trabalho e foi tomar banho. E ligou o som alto para escutar do banheiro porque o som desse templo não o deixava ouvir música direito. O pessoal da igreja, então, foi pedir-lhe para baixar o volume do aparelho. Ele havia atendido a porta apenas de toalha. Baixou o volume, saiu, entrou na igreja, baixou o volume do som da igreja (ainda de toalha) e foi para casa terminar o banho. Deve ter sido hilário!


Ele se mudou, mas os irmãos não aprenderam a conviver com os vizinhos ainda. Dia de sábado à noite eu não posso estudar direito: quando não são os bêbados com sons automotivos é a igreja próxima (acreditem, eu posso ouvir todas as vozes individualmente quando cantam em coro). Às vezes são os dois juntos: o que é terrível.


Também teve um terreiro de macumba que não me deixava dormir porque meu sono era muito leve. Nunca mais ouvi o terreiro, não sei se por dormir feito pedra ou porque eles encerraram as atividades, ou, quem sabe, conseguiram dosar o som do culto.


Enfim, irmãos, não é sensato achar que você vai atrair mais pessoas a Cristo porque aumenta o volume da igreja ou que Deus vai escutar você porque grita mais alto. Acredite: se você aprender a pregar o evangelho com sua vida, respeitando as pessoas e suas famílias, que merecem sossego, com certeza, você vai mostrar o cristianismo de uma forma muito mais bela: vivendo-o na prática, e não apenas desgastando os autofalantes de seu templo.

Um comentário:

Renato Brito disse...

Oi Avelar!
Também acho um grande absurdo a poluição sonora provocada pelas Igrejas, pelos shows religiosos e pelas campanhas evangelísticas. Creio que o propósito do som na Igreja é fazer o que está sendo pregado e cantado entendido, de modo claro e agradável. Não é necessário topar o volume do amplificador e usar caixas com tanta potência para vencer a guerra espiritual contra as portas do inferno. Quem vence o mal não é a arma sonora, mas o poder do evangelho.
Até!

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