4 de setembro de 2010

Adoração e Missões, quais os seus lugares?


Em relação à adoração, devemos começar desarmando todo e qualquer entusiasta que acredita que o principal erro na igreja atual reside no fato de não fazer missões, quando descobrimos que a ênfase bíblica está primeiramente na adoração, pois o homem foi criado para glorificar a Deus. As missões não são o alvo primário nem fundamental da igreja: a adoração, que visa à glória de Deus, sim,o é:

"A minha glória, não a dou a outrem". (Isaías 48.9-11).

O argumento que se segue é que Deus é essencial, não o homem; as missões não são eternas como a adoração: chegará um tempo em que não será necessário proclamar o evangelho a outros povos, mas nunca chegará o tempo em que se cessará a adoração a Deus. Por isso a adoração é que nos move as missões;ela é o combustível para levarmos outros povos à adoração.

Quanto às missões, em primeiro lugar, é necessário notar que existe um fato triste: as pessoas que nunca se maravilharam com a glória de Deus e nunca ficaram deslumbradas com a grandeza de Deus jamais conseguirão convenceroutras a se maravilharem com a grandeza do Senhor.Aquelas não poderão dizer aos outros como Deus é grande e mui digno de ser louvado. Como se pode falar com paixão de algo, se você, no íntimo, não tem vivido essa paixão?O que fundamenta nossa paixão por Deus é a paixão de Deus por Ele mesmo.O coração que mais anseia pela glorificação de Deus é o Seu próprio, e Seu alvo é manter a glória de Seu nome.

Em segundo lugar, devemos entender a vidacomo uma guerra.Paulo combateu o bom combate "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé". (2 Timóteo 4.7) e nos mostra qual a armadura que devemos vestir para estarmos preparados para a guerra (Efésios 6.11-17). Outro ensinamento fundamental é que a Igreja deve estar alinhada, ciente de que estamos numa guerra, e não acomodada em sua tranquilidade.Esse é o motivo por que muitas vezes nossas orações não funcionam, pois a usamos erradamente, como um instrumento doméstico, e não como um comunicador entre a missão e o quartel general.

E, por fim, o amor pelos não-alcançados, trilhando os caminhos singulares de Deus, deve servir de motivação para nós.Motivação essa que foi a base do chamado missionário do apóstolo Paulo, de pregar o evangelho a povos que ainda não foram alcançados. E é por estes que devemos despertar o nosso amor.A igreja precisa engajar-se nessa causa, preparar missionários, mantê-los, contribuir de alguma forma para que o nome de Cristo seja levado a todos os povos. Há várias evidências bíblicas que trazem esse sentido da promessa de redenção a todos os grupos de povos (Isaías 66.18; Mateus 28.18-20; Salmo 67.3-4; Romanos 9.17).Afinal, o grande objetivo de Deus na história é manter a sua glória para o contentamento dos redimidos de toda tribo, língua, povo e nação– e isto por meio da supremacia de Seu Filho entre todos os povos do mundo.

Por Sem. Tito Lízias Rocha
Baseado no livro “Alegrem-se os povos”, de John Piper.

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