O texto abaixo, que eu achei belíssimo e que trata da existência do sofrimento e da justiça de Deus, foi citado no livro "Onde está Deus quando as coisas vão mal?", escrito por John Blanchard e publicado pela Editora Fiel. O autor deste texto não é identificado pelo autor, que menciona apenas que ele foi publicado em 1960. (A propósito, recomendo a leitura desse livreto, que tem apenas 40 páginas).
No final dos tempos, bilhões de pessoas se apresentaram diante do trono de Deus. Muitas retrocederam ante a luz que resplandecia diante delas. Mas alguns grupos que estavam na frente conversavam veementemente, não com temor servil, e sim com agressividade: "Deus pode nos julgar?"
"Como Ele pode saber algo a respeito de sofrimento?", questionou uma moça ousada. Ela puxou com rapidez a manga de sua veste para mostrar o número tatuado de um campo de concentração nazista. "Suportamos terror... espancamento... tortura... morte!"
Em outro grupo, um homem curvou o seu pescoço, dizendo: "O que vocês acham disto?", ele perguntou, mostrando uma horrível marca de corda. "Linchado por ser negro e não por cometer algum crime!"
Em outra multidão, uma estudante grávida, com olhos taciturnos, murmurou: "Por que eu tive de sofrer? Não foi minha culpa".
Espalhados ante o trono, havia milhares de grupos como esses. Cada pessoa tinha uma queixa contra Deus, por causa do mal e sofrimento que Ele havia permitido neste mundo. Quão feliz estava Deus em viver no céu, onde tudo era doçura e luz, onde não havia lágrima, nem medo, nem fome, nem ódio! O que Deus sabia a respeito de tudo que os homens tinham sido obrigados a suportar neste mundo? "Deus leva uma vida muito tranqüila", eles diziam.
Cada grupo apresentou o seu líder, escolhido por haver sofrido mais do que os outros do grupo. Um judeu, um negro, alguém de Hiroshima, uma pessoa que fora horrivelmente afligida por artrite e uma criança teratogênica. No centro da aglomeração, eles conversaram entre si.
Por fim, estavam prontos para apresentar o seu caso e o fizeram com muita perspicácia. Antes de se qualificar para ser o juiz deles, Deus tinha de suportar o que eles haviam suportado. Haviam chegado ao veredicto de que Deus fosse condenado a viver na terra - como homem! Deveria nascer como judeu; a legitimidade de seu nascimento teria de ser questionada. Ele deveria realizar uma obra tão difícil, que sua família pensaria estar louco, quando tentasse realizar essa obra. Ele deveria ser traído por seus amigos íntimos; enfrentar falsas acusações, ser julgado por um júri preconceituoso e condenado por um juiz medroso. Deveria ser torturado e, por fim, entender o que significa ser terrivelmente abandonado e deixado solitário. Depois, Ele deveria morrer em agonia, de tal modo que não haveria dúvidas quanto à sua morte. E grande número de testemunhas deveriam comprová-la.
Enquanto cada líder anunciava a parte de sua sentença, um intenso murmúrio de aprovação saía dos lábios das pessoas ali reunidas. Quando o último líder terminou de proferir a sentença, houve um silêncio prolongado. Ninguém proferiu nenhuma palavra. Ninguém se mexeu, pois todos sabiam que Deus já havia cumprido a sua sentença.
11 comentários:
Paz em Cristo jesus eu gostei muito do teu Blog é mo benção... ((Veja))www.blog-vidaprofetica.blogspot.com deixe um comentaria blz até logo valeuuuuu...
Texto super interessante. Tem muita gente que se pergunta onde Deus se encontra diante dos sofrimentos humanos, mas esquecem-se do que ele sofreu...
Realmente este texto é maravilhoso. Minha amiga tem este livreto e agora com certeza eu vou pedir emprestado!
Sim, e visitem nosso blog! Estamos no início da caminhada na blogosfera e precisamos de apoio dos irmãos em Cristo. Obrigada!
http://ferazao-bang.blogspot.com/
Paz mano,
Outro bom título é o do polêmico Philip Yanceyu: "Deus sabe que sofremos", que foi revisado pelo autor e publicado pela editora Vida com o título "Onde está Deus quando chega a dor?"
Semelhante a Blanchard, Yancey argumenta que a resposta de Deus para o sofrimento humano é Cristo. NEle, toda a nossa angustia foi experimentada,e hoje as nossas experiências são mais fáceis de suportar à luz da dele.
Além disso, não podemos jamais esquecer que Deus, em sua soberania, usa o mal para os seus propósitos, e mesmo de uma experiência traumática podemos tirar preciosas lições.
Vemos então que o mal torna possível a virtude: não se atinge a compaixão sem a miséria, nem a paciência sem tribulação. Em um mundo sem temor não haveria lugar para a coragem; a persistência é conseqüência da provação. É extremamente difícil refletirmos seriamente sobre o problema do mal e não chegarmos a essas conclusões. Na verdade, nós humanos somos como diamantes e o nosso caráter é formado sob pressão.
Canta um antigo hino cristão que “os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação”, e não somente os religiosos, mas também os poetas e romancistas como Pablo Neruda e Fiódor Dostoievski podem confirmar essa verdade. Os períodos de opressão política e militar foram períodos de explosão poética, melódica e de maior desenvolvimento do pensamento filosófico.
Quero concluir com uma citação literal do livro "A Cruz de Cristo", de John Stott:
"Ainda há um ponto de interrogação contra o sofrimento humano, mas em cima dele podemos estampar outra marca, a cruz, que simboliza o sofrimento divino. A cruz de Cristo [...] é a única autojustificação de Deus em um mundo como o nosso".
Que Deus te abençoe, Avelar. Ótima postagem!
Leonardo.
Felipe, Helen, Debora e Leo,
Obrigado pela visita e pelos comentários.
Ao ler esse texto eu também fiquei muito maravilhado de como o autor viu as coisas de um ponto de vista que eu jamais havia visto. Um texto excelente e muito bem escrito, de fato, não é?
Abraços fraternos!
Ola Avelar, eu tambem achei otimo o blog e esse texto também, realmente so um Deus-homem saberia o que é padecer e assim nos entenderia, mas Ele foi ainda mais longe: nós sofremos pelo nosso pecado e Ele pelo de todos de uma vez!!!
Parabéns pelo seu blog.
Sobre este livro a editora Fiel teve a amabilidade de colocá-lo em audio-book.
Eu o baixei e postei em meu multiply, se alguém tiver interessado acesse:
http://dumane.multiply.com/music/item/772/772
Meu blog: http://oblogdodumane.blogspot.com/
Abraços
postar esse texto mostra que vc é neopetencostal, além de nunca ter passado por um problema e grande tristeza. seu pai ja morreu na sua mão? e sua mãe ja morreu na sua mão? você dedicou toda a sua juventude na igreja aprendendo a tocar aos 12 anos para tocar exclusivamente no culto ou outra coisa semelhante? pois é passei por esse momento (minha mae morreu 9 meses depois do meus pai) e nas duas situações mensionei várias passagens biblicas, e nada. eu pergunto a vc onde Deus estava? (não duvido de seu existencia) mas pq ele não responde e onde ele estava. ressalto que eles eram pastores. por favor não fale de morte por causa de pecado e nem a burrice do dízimo (o devorador devorou a vida deles) minha mãe era baixarel em teologia e eu estudei a biblia. se vc não tem uma resposta coerente por favor não publique mais isso... fere o emocional da gente... é triste...
Renato,
1. Não sou neopetencostal.
2. Publicar esse texto não prova que eu sou neopentecostal, pois não tem nada a ver com esta teologia espúria.
3. Já passei por problemas sérios de ordem pessoal, familiar e eclesiástico também, os quais tenho superado, e que às vezes me deixa(ra)m muito angustiado e revoltado com Deus, ao ponto de haver questionado minha fé, o amor e o poder d'Ele. Portanto, você não é o único a sofrer bastante, e nem tem o direito de julgar quem você não conhece levianamente.
4. Lamento por seus problemas.
5. Aconselho-lhe procurar resolvê-los com ajuda profissional, não com blogs. Blogs não são tratamento.
6. Como você pode notar, este é um trecho de um livro alheio, do qual gostei. Postei-o no meu blog porque não preciso da licença ou aprovação de ninguém, a não ser do próprio autor.
7. Esta postagem não é um remédio para solucionar a dor do mundo ou das pessoas.
8. Ninguém aqui está propondo resolver suas mágoas e decepções, tampouco seus problemas de convencimento.
9. Não lhe peço e nem lhe devo desculpa alguma por postar algo que não foi voltado a você no meu blog.
10. Não julgue pessoas que você não conhece baseado nas suas expectativas e preconceitos. Você foi extremamente injusto e infeliz e demonstrou que sequer leu o que eu mesmo escrevi aqui no blog.
11. Espero sinceramente que você consiga superar sua perda. Todo mundo passa por desastres (não apenas você), e, neste momento, acredito que você deva procurá-las; pois creio que apenas pessoas que conseguiram encontrar-se com Deus nas piores situações e receberam consolo e força para vencer podem, mais facilmente, entendê-lo e ajudá-lo.
12. Não tente viver sua vida se lamentando como um coitado e tendo pena de você. Acredite: você ainda poderá ajudar muita gente em pior situação.
13. Obrigado por comentar. E, como você diz que estuda, estude português, amigo: você está precisando muito.
kkkkkkkkkkkk
Depois dessa eu voltava pro maternal!!!
Acho q esse Renato nem leu o texto, ficou só com o título mesmo... rs
Esse é um assunto cada vez mais atual, q atinge a vida de todos indistintamente. É preciso conhecer a Deus profundamente para compreender o q se passa ao nosso redor e, assim, agir corretamente.
Em Cristo,
Débora Silva Costa.
Olá Meu nome é Luiz
Fiz uma busca na internet para tentar ajudar a confortar pessoas em crise. E infelizmente existem muitas pessoas como o Renato, que transferem a culpa para Deus. Vejo que é uma questão de perspectiva pessoal. Por exemplo, tenho um amigo que enterrou o pai no sábado e a mãe na segunda porque passou mal diante da morte do marido. Ele não se voltou contra Deus, mas ao contrário, se voltou para serví-lo, se tornou pastor poucos anos depois. Lamento mas se rebelar contra Deus é cair no texto: "Quem contendeu com o criador e teve paz?"
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